terça-feira, 15 de dezembro de 2009
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
QUAL A VERDADEIRA CENSURA DO CARNAVAL?
Já que uma imagem vale mais que mil palavras, e eu já estava farto de escrever, aí foi uma.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
CASAMENTO POPULAR - A FESTA
Depois de três horas esquentando o banco de madeira da igreja, é chegado o momento mais esperado do casamento: a festa.
Iludidos, passamos pelos lugares mais sinistros da cidade em busca do tão esperado local de festas. Quando chegamos, não existe lugar de festa coisa nenhuma, é só mais um daqueles clubes de bairro que tem aquela piscina que causa pano branco e aquele campinho mal tratado pras peladas de domingo. O Buffet, se é que podemos chamar de Buffet, e as mesas ficam no lugar onde antes ficavam a sinuca, o ping-pong e o pebolim . Nas piores hipóteses se joga uma toalha branca por cima da mesa de sinuca ou de ping-pong para colocar o bolo, os bem casados e a garrafa de cidra.
A bandinha começa, então, a tocar, agitando a ferveção na dancing floor. As primeiras pessoas a mexer o balacubaco são aquelas tias “chefa do auê”, que já estão na 6ª cerveja e que fazem os filhos passarem um vexame. A seleção musical vai de Tina Charles até Roupa Nova. Casamento é cultura.
Enquanto isso, o garçom vem servindo aquele refrigerante Frevo e aquela cidra Ceraser no copinho de 200ml de plástico. Os doces e salgados nunca são servidos pelos garçons, pois estrategicamente é colocado um pratinho de doces e salgados por mesa. Esse pratinho não dura muito, pois sempre tem um sobrinho esfomeado que o devora em 5 minutos.
Sentado, pensando em que horas que vão liberar a mesa do bolo, você se depara com a insuportável filmagem pro DVD do casamento. É aquela coisa que independentemente de quem esteja do seu lado, quando chega a câmera da filmagem, você vira a cabeça pro lado e começa a puxar um papo qualquer com a pessoa ao lado. Fingimos ser naturais ao invés de simplesmente sermos naturais.
Depois das fotos com os noivos e a cafona apresentação de slides chega o momento do corte do bolo. Nunca entendi como uma foto tão brega como a dos noivos segurando a faca pra cortar o bolo ou o enlace das mãos pra tomar champanhe vagabundo ainda estão presentes em pleno século XXI. A muvuca em redor da mesa do bolo é grande, todo mundo quer um pedaço de bolo com recheio de ameixa e cobertura tipo glacê que só tem gosto de ovo.
Os primeiros convidados começam a ir embora com seu pedaço de bolo enrolado no papel toalha, pois aqui entre nós, tem coisa melhor que comer resto de festa no café da manhã?
Final de festa também é motivo de muitas intrigas. A mesa com os convidados geralmente mistura mais de uma família, e nada mais que comum que aquelas tias loucas queiram levar o arranjo da mesa pra colocar no centro da sala de casa. Logo fica o dilema: De quem é o arranjo?. Eu mesmo conheço caso de gente que está 6 meses sem se falar por causa do arranjo. O mundo em crise e o povo preocupado com o arranjo.
Essas são algumas peculiaridades de um casamento “da galera”, espero que tenham gostado, se não tiverem vão assistir a novela das 7 que ela tá boa hoje.
Iludidos, passamos pelos lugares mais sinistros da cidade em busca do tão esperado local de festas. Quando chegamos, não existe lugar de festa coisa nenhuma, é só mais um daqueles clubes de bairro que tem aquela piscina que causa pano branco e aquele campinho mal tratado pras peladas de domingo. O Buffet, se é que podemos chamar de Buffet, e as mesas ficam no lugar onde antes ficavam a sinuca, o ping-pong e o pebolim . Nas piores hipóteses se joga uma toalha branca por cima da mesa de sinuca ou de ping-pong para colocar o bolo, os bem casados e a garrafa de cidra.
A bandinha começa, então, a tocar, agitando a ferveção na dancing floor. As primeiras pessoas a mexer o balacubaco são aquelas tias “chefa do auê”, que já estão na 6ª cerveja e que fazem os filhos passarem um vexame. A seleção musical vai de Tina Charles até Roupa Nova. Casamento é cultura.
Enquanto isso, o garçom vem servindo aquele refrigerante Frevo e aquela cidra Ceraser no copinho de 200ml de plástico. Os doces e salgados nunca são servidos pelos garçons, pois estrategicamente é colocado um pratinho de doces e salgados por mesa. Esse pratinho não dura muito, pois sempre tem um sobrinho esfomeado que o devora em 5 minutos.
Sentado, pensando em que horas que vão liberar a mesa do bolo, você se depara com a insuportável filmagem pro DVD do casamento. É aquela coisa que independentemente de quem esteja do seu lado, quando chega a câmera da filmagem, você vira a cabeça pro lado e começa a puxar um papo qualquer com a pessoa ao lado. Fingimos ser naturais ao invés de simplesmente sermos naturais.
Depois das fotos com os noivos e a cafona apresentação de slides chega o momento do corte do bolo. Nunca entendi como uma foto tão brega como a dos noivos segurando a faca pra cortar o bolo ou o enlace das mãos pra tomar champanhe vagabundo ainda estão presentes em pleno século XXI. A muvuca em redor da mesa do bolo é grande, todo mundo quer um pedaço de bolo com recheio de ameixa e cobertura tipo glacê que só tem gosto de ovo.
Os primeiros convidados começam a ir embora com seu pedaço de bolo enrolado no papel toalha, pois aqui entre nós, tem coisa melhor que comer resto de festa no café da manhã?
Final de festa também é motivo de muitas intrigas. A mesa com os convidados geralmente mistura mais de uma família, e nada mais que comum que aquelas tias loucas queiram levar o arranjo da mesa pra colocar no centro da sala de casa. Logo fica o dilema: De quem é o arranjo?. Eu mesmo conheço caso de gente que está 6 meses sem se falar por causa do arranjo. O mundo em crise e o povo preocupado com o arranjo.
Essas são algumas peculiaridades de um casamento “da galera”, espero que tenham gostado, se não tiverem vão assistir a novela das 7 que ela tá boa hoje.